Das dores que sinto, a mais lancinante consiste em não ouvir eco no que grita meu coração, que por toda vida encontrou ouvidos para os seus mais absurdos e inconstantes apelos. Agregada a sensações corriqueiras que causam sofrimento, fez-se de minha companheira uma saudade que, de tão fiel e constante, já é parte do que sou. E só tem crescido a lista de tudo que me faz falta... Sinto estar perdida e carregando este coração que já não vê grandes referências no passado, tampouco histórias de futuro...ele suspira pelo novo, enquanto o velho ainda insiste em habitar. Buscar certas compreensões não me parece animador, ao passo que a ignorância sobre o que aqui dentro se passa leva-me a uma alienação planejada do que penso (ou temo) sentir... E é quando paro pra pensar no meu relacionamento comigo mesma que percebo que o tempo nos dá preciosos ensinamentos sobre nós, mas conhecer a si próprio pode trazer um peso enorme nas costas. Foi então que entendi porque a adolescência é tão leve...(ni...
Eu não escrevo porque sou triste ou porque gosto de remoer dor, escrevo porque me falta algo e sempre me faltará...