Hoje queria me sentar num cantinho, sem nada que pudesse me distrair...pra eu poder olhar só pra dentro, e ir fundo, bem fundo. Assumir, admitir, reconhecer e aceitar tudo que ignoro ao meu respeito. Queria falar comigo como nunca falei. Queria chorar tudo isso que as vezes me engasga, o que eu sei, o que eu não sei...e ser frágil como eu nunca quis ser, porque querer ser forte sempre é a maior prova de covardia. Queria entender, explicar, descomplicar as coisas, porque "ficar bem" é simples, nós que insistimos nessa idéia perene de felicidade e saímos elaborando regras, caminhos, meios para tentar SER feliz pra sempre. Só que o "pra sempre" nunca chega e então desperdiçamos todo o resto... Queria que meu orgulho tivesse limites e que ilimitada mesmo fosse a minha capacidade de perdoar. Queria ver as coisas com menos clareza, menos certeza, aliás queria estar convicta de pouquíssimas coisas, certezas são irritantes e quase sempre atrapalham tudo. Queria não ter mar...
Eu não escrevo porque sou triste ou porque gosto de remoer dor, escrevo porque me falta algo e sempre me faltará...