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À minha medida

A minha melodiosa configuração desarmoniza todo e qualquer padrão, não me simplifica nada, embaraça.
Porque sou tudo ou nada, tenho extremos que ainda nem pude conhecer.
Ouço, danço, canto, leio e escrevo, gosto mesmo de deixar a alma falar...porque sou muito mais do que se pode ver, sou hoje assim, amanhã eu insisto em não ser, embora não fuja de mim.
Desalinho tudo, só pra depois encontrar um rumo pra cada coisa. 
Senti e acreditei veemente em coisas que hoje nem sei se existiram, porque o que se faz de mim é o que desejo fazer, sem depois, sem ver...
Faço tantas coisas e ainda consigo fazer a mim, ganho espaço interior a cada minuto.
Me alimento dos meus sonhos e tudo que tenho é o meu dia...e meus dias nascem em mim.  
Encanto meu eu e desaponto a regularidade, a disposição conveniente das coisas, de tudo.
Nunca fui tão indisposta a ser convencional, nunca foi tão bom ser eu... 

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