Já mudei diversas vezes de vida, e, quase sempre, a mudança foi total.
Recomeços que tinham ar primaveril, com todo seu colorido e perfume. Mas mesmo em meio às flores, haviam enchentes na minha alma deixadas por aqueles invernos...
Quase temi o sol e a sua luz reveladora, ele que sempre aqueceu em mim tantos e tantos impulsos.
Corri atrás de nuvens e árvores, porque à sombra de mim era menos revolto ser eu.
Pedi clemência ao vento que soprava coisas aos meus ouvidos e fazia de mim escrava das emoções.
E quem haveria de imginar que a chuva me atraia? Era atrás dela que meu coração corria em pleno raiar do verão...
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