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Mostrando postagens de setembro, 2012

Do que paralisa minha alma.

Algumas lembranças são capazes de gelar meu corpo, esfriam-me como se a morte estivesse a caminho. E eu, sempre tão apegada a todas as recordações que posso guardar, queria arrancar de mim este pedaço de vida. Veementemente contra a tentativa de apagar seja o que for do passado, já que tudo contribui para personificar nossa existência, hoje me encontro em contradição e, com lamento, faço oposição a mim mesma. Porque tudo que queria era simplesmente esquecer, é que lembrar gera um emaranhado de sentir. Dói não poder ter feito diferente ou simplesmente ter feito e vivido o que agora me parece vazio. E quando o pretérito pode comprometer o futuro, todo verbo conjugado torna-se vulnerável e sem solidez. E não há martírio maior para quem só sabe viver em plenitude...