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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Oclusão

Não sei como ainda pode existir algo de ti no meu peito, depois dos inúmeros pedaços que já arranquei...embora os tenha removido pouco a pouco, como aquele procedimento bizarro para curar queimaduras extremas (as necroses são retiradas da pele, para que a regeneração ocorra de dentro pra fora). E cada parte que eu tirava à força, era uma tentativa de viver de novo, mesmo me sentindo morta. Durante todo este tempo, esses pequenos recomeços exigiram de mim muito esforço, porque estavam inclusos em um contexto de uma aparente harmonia. E mesmo com todo meu empenho em virar de vez esta página, você estava ali, mais presente do que eu conseguia admitir até pra mim mesma. Oscilação pura...é que de fato não é tão simples esquecer alguém que te faz interagir com um lado seu, até então, totalmente desconhecido. Provei da fração mais amarga que me constitui, aquela cuja autossuficiência e autocontrole, características que sempre me acompanharam e fizeram de mim a pessoa mais confiante do