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Mostrando postagens de outubro, 2010

A (pior) analogia do meu interior

É como se os móveis estivessem fora do lugar e os espaços vazios não representassem liberdade para transitar. E como se as gavetas estivessem tão bagunçadas que não fosse possível ser encontrado quase nada  que se desejasse...os objetos da sala estão espalhados na cozinha, e dos quartos, no banheiro. Tem quadros de cabeça para baixo e os tapetes podem ser vistos no teto, não no chão. Há copos quebrados e pouca comida, até a água já é escassa. A televisão não transmite imagens claras e é muito complicado tentar mudar de canal, por isso sou obrigada a ver e rever o que não me agrada...embora ainda restem alguns dvd's com histórias que eu gostaria de viver...e de contar. Só as músicas da minha vida continuam inabaladas, posso ouvi-las sempre que quero e preciso...e não seria possível sobreviver sem isso. Há sombras onde preciso de sol e sol onde preciso de sombra. O calor se torna insuportável quando gostaria de me refrescar, e o frio me entorpece quando o que mais necessito é ser aq

Refazer Caminhos

A mesma ousadia que me leva a caminhos desconhecidos, me permite refazer outros que por um tempo pareciam enfadonhos ou até considerados descartados. Esta capacidade de reestabelecer emoções perdidas e perder as que julguei permanentes deveria me soar corriqueiro, mas ainda me assusta. Divagar sobre estes caminhos é voltar a falar de fases, todas sempre permeadas pela minha impulsividade. Ser impulsiva requer audácia, saber lidar com uma certa inconsciência e acostumar-se com o gosto da inconsequência. E embora eu seja convicta que seguir impulsos não faça de mim uma pessoa irresponsável, admito que tenho pago altos preços... Entre erros e acertos, contemplo a intensidade dos meus atos, a perplexidade dos sentidos e a incrível habilidade de (re)sentir o entusiasmo ao percorrer caminhos tantas vezes habitados. Adoro a emoção do novo, mas o mesmo conhecido que me cansa, consegue me fazer ver o brilho que outrora apagou.  É constância na efemeridade, é permanência no que se faz fugaz. Te

Minha luta

Em cada anoitecer tento me esvair de ti, acreditando que o novo dia me trará de volta a época em que eu não dependia da idéia irrevogável de te ter pra mim. Então amanhece e te sinto ainda maior, tomando espaços que ontem mesmo não eram seus...é quando percebo que travei um duelo inútil, injusto...e solitário. A saudade me enfraquece, me toma as horas, rouba o meu sorriso. E todas as tentativas de ignorar tudo isso se resumem ao que são: apenas tentativas. À direita flores pra me encantar, à esquerda os ensaios de quem intenciona ter algo de mim, enquanto tudo que desejo é o que vem de ti...e meu olhar perdido só descansa quando encontra o seu... Quase sempre desassossegada, tropeço em mim, sustento o peso dos sonhos distantes, entorpeço em desejos ofegantes, desordeno tudo, me desarmo, desisto... ...já não sei mais o que fazer com este amor!