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Mostrando postagens de abril, 2011

Como eu queria...

Hoje queria me sentar num cantinho, sem nada que pudesse me distrair...pra eu poder olhar só pra dentro, e ir fundo, bem fundo. Assumir, admitir, reconhecer e aceitar tudo que ignoro ao meu respeito. Queria falar comigo como nunca falei. Queria chorar tudo isso que as vezes me engasga, o que eu sei, o que eu não sei...e ser frágil como eu nunca quis ser, porque querer ser forte sempre é a maior prova de covardia. Queria entender, explicar, descomplicar as coisas, porque "ficar bem" é simples, nós que insistimos nessa idéia perene de felicidade e saímos elaborando regras, caminhos, meios para tentar SER feliz pra sempre. Só que o "pra sempre" nunca chega e então desperdiçamos todo o resto... Queria que meu orgulho tivesse limites e que ilimitada mesmo fosse a minha capacidade de perdoar. Queria ver as coisas com menos clareza, menos certeza, aliás queria estar convicta de pouquíssimas coisas, certezas são irritantes e quase sempre atrapalham tudo. Queria não ter mar

Incoerência

Não há razões para amar você. Também não faz sentido não gostar mais de ti. Você não me faz falta, mas me pego em delírios de saudade. Tudo que mais quero é te esquecer e fico cultivando as nossas melhores lembranças. Não quero te ver novamente...e gostaria de nunca mais te perder de vista. Queria apagar o passado e em alguns dias queria transformá-lo em filme para ver e rever quando desse vontade. Não há futuro para nós e é com você que eu visualizo as melhores previsões. Você me mostrou o teu pior e ainda creio que há resquícios de virtude em teu coração. Eu fujo de ti em um abraço perfeito e é nele que eu te acho. E mais difícil que fugir de ti é escapar de mim mesma, desta incoerência que dia a dia me faz firme e frágil, leve e densa, doce e amarga, justa e injusta. Rindo e chorando, sigo certa de estar vivendo dias que valem a pena, enquanto temo estar regredindo em minha luta diária para ser melhor, verdadeira e feliz...

Para renascer é preciso morrer!

É exatamente assim, no começo parece que te falta o ar, que algo espreme teu peito sem cessar e derrama o sumo dessa compressão nos teus olhos, compulsivamente. Os primeiros dias passam e nada colore tua existência, só habita em ti a neblina das lembranças cinzentas, daquilo que ainda te fere...e estão em tudo que tu tentas fazer, repetindo-se como um velho vinil riscado, fazendo ondas gigantes em tua mente...das mentiras que te foram contadas, das verdades omitidas, das peças que se encaixam, da dissimulação ardil, das atitudes tão ínfimas quanto rasteiras e do presente se encontrando com as mesmas dores do passado. É a desconstrução do que tu acreditavas, ou achava que ainda cria. É o fim da tua luta, que por mais que parecesse perdida, havia dias em que alguns sinais diziam que a guerra valeria a pena. Mas não valeu! Lutar pelo quê agora ? E o mundo parece partir ao meio, mas tu não estais nem de um lado e nem do outro. Estais sem segurança, sem direção, neste abismo que se abriu

Por um minuto

Todos os amantes já adormeceram E todas as palavras já se calaram Já não vive o mundo em que se perderam Nem as madrugadas em que se amaram Quero sentir, quero ouvir Seus passos de volta à minha porta Pra dizer que me amava quando estava longe E deixar que o amanhã, juntos nos encontre E que passe a ser vida o que hoje é só sonho E que se acabe os segredos E que se aumente os desejos... Já não há razão pra não ser pra sempre Dessa vez há de ser, tem que ser diferente Não me deixe sozinha, nem mesmo um pouco Que esse pouco me deixa cada vez mais louca! E assim, enquanto eu te beijo Que mude o destino, por um minuto Que meu corpo encontre o seu corpo Num prazer absoluto E assim, enquanto eu te abraço Me aperte em seus braços, por um minuto De um jeito que só você sabe De um jeito que só eu sei... Já ouvi essa música centenas de vezes, mas hoje foi como se eu a estivesse escutado pela primeira vez... linda! Composição: A. Lorenzi / Santandrea (Versão: Cláudi