É exatamente assim, no começo parece que te falta o ar, que algo espreme teu peito sem cessar e derrama o sumo dessa compressão nos teus olhos, compulsivamente.
Os primeiros dias passam e nada colore tua existência, só habita em ti a neblina das lembranças cinzentas, daquilo que ainda te fere...e estão em tudo que tu tentas fazer, repetindo-se como um velho vinil riscado, fazendo ondas gigantes em tua mente...das mentiras que te foram contadas, das verdades omitidas, das peças que se encaixam, da dissimulação ardil, das atitudes tão ínfimas quanto rasteiras e do presente se encontrando com as mesmas dores do passado.
É a desconstrução do que tu acreditavas, ou achava que ainda cria. É o fim da tua luta, que por mais que parecesse perdida, havia dias em que alguns sinais diziam que a guerra valeria a pena. Mas não valeu! Lutar pelo quê agora? E o mundo parece partir ao meio, mas tu não estais nem de um lado e nem do outro. Estais sem segurança, sem direção, neste abismo que se abriu a tua frente. Tudo em ti parece morto, dentro e fora, teus olhos não são mais os mesmos. A parte boa da tua vida transforma-se em mera ficção, e a parte ruim apresenta-se como aquilo que tu tens de mais palpável.
Não há respostas, não há explicação, nada mais há, a não ser um grande vazio. E este luto é vivido minuto a minuto, hora a hora e a cada noite que teu sono dá lugar a conjecturas e convicções amargas. E tu não foges dele, ao contrário, entrega-te completamente. E depois de viver cada momento dessa negra fase, compreendes que ela era necessária e que tu não estais morta. Passou. Tudo passa.
E agora as cores que te cercam são outras, o teu peito não está comprimido, ele está aberto e parece querer voar. Teus sonhos voltaram a ter força, eles te erguem e te fazem vibrar. Teus olhos não mais queixam-se em lágrimas, mas olham para a vida sob a ótica maravilhosa da fé. E o que ficou pra trás tornou-se uma folha de papel ao vento, que embora cheia de coisas escritas, continua a ser levada para longe de ti a medida que a brisa encontra teu sorriso e balança teus cabelos. Já é possível sentir as batidas de um coração renovado, quase infantil, que volta a experimentar a deliciosa sensação de ter borboletas voando no estômago e que acaba de encantar-se com o sabor doce de um beijo roubado...
Os primeiros dias passam e nada colore tua existência, só habita em ti a neblina das lembranças cinzentas, daquilo que ainda te fere...e estão em tudo que tu tentas fazer, repetindo-se como um velho vinil riscado, fazendo ondas gigantes em tua mente...das mentiras que te foram contadas, das verdades omitidas, das peças que se encaixam, da dissimulação ardil, das atitudes tão ínfimas quanto rasteiras e do presente se encontrando com as mesmas dores do passado.
É a desconstrução do que tu acreditavas, ou achava que ainda cria. É o fim da tua luta, que por mais que parecesse perdida, havia dias em que alguns sinais diziam que a guerra valeria a pena. Mas não valeu! Lutar pelo quê agora? E o mundo parece partir ao meio, mas tu não estais nem de um lado e nem do outro. Estais sem segurança, sem direção, neste abismo que se abriu a tua frente. Tudo em ti parece morto, dentro e fora, teus olhos não são mais os mesmos. A parte boa da tua vida transforma-se em mera ficção, e a parte ruim apresenta-se como aquilo que tu tens de mais palpável.
Não há respostas, não há explicação, nada mais há, a não ser um grande vazio. E este luto é vivido minuto a minuto, hora a hora e a cada noite que teu sono dá lugar a conjecturas e convicções amargas. E tu não foges dele, ao contrário, entrega-te completamente. E depois de viver cada momento dessa negra fase, compreendes que ela era necessária e que tu não estais morta. Passou. Tudo passa.
E agora as cores que te cercam são outras, o teu peito não está comprimido, ele está aberto e parece querer voar. Teus sonhos voltaram a ter força, eles te erguem e te fazem vibrar. Teus olhos não mais queixam-se em lágrimas, mas olham para a vida sob a ótica maravilhosa da fé. E o que ficou pra trás tornou-se uma folha de papel ao vento, que embora cheia de coisas escritas, continua a ser levada para longe de ti a medida que a brisa encontra teu sorriso e balança teus cabelos. Já é possível sentir as batidas de um coração renovado, quase infantil, que volta a experimentar a deliciosa sensação de ter borboletas voando no estômago e que acaba de encantar-se com o sabor doce de um beijo roubado...
Porque a vida continua e o poder restaurador dos dias é para quem se permite sofrer!
Tanto tempo perdido a tentar evitar o sofrimento que nunca percebi o quanto ele é necessário...
ResponderExcluirbela reflexão, me fizestes pensar...
bjus da kirah^^
Nooooooooooooossa amiga, que texto lindo!!!!
ResponderExcluirE com certeza, tudo passa... sempre!
Ótimo recomeço!!!
Grande beijo
Passa sim, minha Linda, e na verdade a vida é um eterno recomeço! Beijo, beijooooo!
ResponderExcluirEstava com saudades daqui! ;)
She
Tudo passa mesmo.
ResponderExcluirSeu texto é lindo.
Vamos (re)parir!
Beijos
Belo texto! Partilho de muitos pontos de vista que expressas...
ResponderExcluirBeijos,
AL
É mesmo isso!
ResponderExcluirPara viver tem de se saber morrer, as vezes que forem necessárias para se obter a paz que reinará cá dentro.
Beijos :)
Que saudades eu tinha daqui...