Era um belo fim de tarde, ela sentou-se em um banco fixo de frente para o mar, via pessoas indo e vindo, umas alegres, outras pareciam confusas, como ela mesma...também ouvia uma música tocar, mas seus olhos fixaram-se ali, no horizonte, e foi como se todo o resto sumisse.
Sentiu-se só, tentou ver-se por dentro e não conseguia enxergar, talvez por haver obstrução da razão, ou por simplesmente não querer olhar...
Abraçou a si mesma como se quisesse sentir alguém e deixou por alguns minutos a sua costumeira segurança e certa arrogância de lado, pensou: "Não, eu não me basto..."
Logo respirou fundo e aquele ar que lhe enchia os pulmões parecia também renovar suas forças, varrer sua alma...e com os olhos fechados sentiu seu coração falar: "Sinta-se forte porque ninguém morre de amor, ou de tanto amar, pode-se morrer sim, mas pelo vazio que a falta de amor causa na vida de alguém e amor, ahhh, esse nunca lhe faltou...sinta-se forte porque dores passam, como alegrias passam também, mas o que fica é a certeza de que viver de verdade só é possível para aqueles que são capazes de amar, de sorrir, de acreditar, de se refazer e recomeçar..."
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