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Eu te falo de mim e te conto coisas desse oriente meu...


Recrie-me. Pense em uma forma de reconfigurar meus limites, eles andam extensíssimos demais. Deve ser o peso das experiências, porque o receio que aprisiona as pessoas, a mim liberta.
Engane a minha percepção, eu já nem ligo tanto se as coisas acabam me escapando.
Percorra os caminhos sinuosos desse meu desejo, porque hoje as emoções genuínas são pra mim efémeras excentricidades.
Refaça laços que se perderam, e não os afrouxe, pois eles estão sempre sejeitos a delinquir-se.
Deixe espaços entre você e eu, e ao mesmo tempo não me deixe dissoluta nas minhas idéias soltas.
Há perigo no que não conheço, e no fastio que vez por outra tenho de tudo que é normal demais.
O que já sei também pode me encantar, mesmo que de maneira instantânea. 
Prefira a mentira velada à verdade mordaz, mesmo que eu nem saiba bem o que se tornou real aqui dentro.
Perdure nessa conquista airosa, sem ela os meus sentidos morrem.
E vamos nos deliciar com o presente, já que ele é a única dádiva que de fato temos em mãos...

Comentários

  1. Correto. O que importa é o presente, o passado não existe mais, e o futuro não sabemos se virá.
    Bjux

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  2. Celebrar a vida sempre!
    Kenia, descobrir-se em outras entrelinhas é quase mágico. Eu gosto daqui porque a "impulsividade" também é parte de mim. haha

    Um beijo!

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  3. O presente é lindo, Kênia. É nele que plantamos o amanhã. Beijos, sumida

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Se ao me ler, um impulso te trouxer algo à mente ou ao coração, escreva...

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Metonímia

Abre esse caminho Não temas tua sorte Se recusa-te a sabê-lo Morte Abre esse caminho Singular são os rumos Se te agarras ao passado Furto Desbrava teu ser Há muito mais de ti a contemplar Se te acende a alma Ide buscar Corre tal qual guepardo faminto Que a vida quer te alimentar Se a fome te entorpece Vá Clareia tua passagem Sonhos não são miragem Se é de vera teu sentir Galgue Não te permitas estática Tem beleza na partida Se floreia tua mente Vida!

Dela, ela

Essa menina aposta alto Rapidamente vai da nuvem ao chão Cheia de desejos que vão e vem Que flutuam entre o máximo E o quase nulo Ela é vulcão em erupção Essa menina entrega-se inteira Se declara sem moderação Expande tudo que há em si Mas recolhe-se na ausência de emoção Porque ela é clamor de um corpo É pássaro em migração E o grito de uma mente Que não quer viver em vão Ela foi Ela é Muito além do que percebe a visão Exalta tudo que representou e viveu Tem em si magnetismo Disso tem convicção Mas o mais valioso de tudo E disso não abre mão É saber que é força motriz De um outro coração.

De tanto sentir, eu grito

Gritarei teu nome Como quem solta um passarinho Antes que de tanto pulsar neste peito Tu implodas meu ninho Gritarei teu nome Como quem quer acreditar Que há tempo pra viver O que não canso de sonhar Gritaria agora Teu nome e sobrenome Se diante de mim Te fizesse estar