Hoje quero julgar-me... porque isso não cabe a mais ninguém na Terra que não a mim mesma.
Afinal... quem saberá o que a minha mente pensou? E quantos desses pensamentos se tornaram reais?
Quem há de saber até onde sou amor ou quanto ódio já fui capaz de sentir?
Quem poderá avaliar o real peso dos meus erros e triunfos?
Que sentimentos movem meus atos?
Ninguém é capaz de previr.
Quantas histórias abrigo em minha alma e de quantas já quis esquecer?
Quantos acertos e quantas tolices...
Ninguém sabe, ninguém crê.
Vou julgar-me, mas sem a conhecida complacência que sempre me dediquei.
Vou julgar-me, e já posso ver que haverá condenação.
E o meu cárcere serei eu, somente eu conhecerei a minha pena, pois não há juiz maior que o coração que pulsa em mim.
Hoje, decreto a busca de mim! Vou-me embora pra mais perto, pra mais dentro. Cansei do meu personagem de mendigo, da minha fantasia de pedra. Declaro de volta, meu reinado esquecido! Assumo toda a responsabilidade de me contar do gosto amargo; de descansar longe do sol a pino. De mudar as velas. De remar, ou até abandonar o barco. Abandono os papéis por mim escritos e máscaras por mim aceitas. Restauro o destemor. E me permitirei mudar porque já mudei...
ResponderExcluirQue coisa linda Guilherme, um complemento PERFEITO!
ResponderExcluir