Escrevo aqui deste silêncio que me sussurra coisas, muitas, tantas que não poderia enumerar.
É que quando o mundo emudece, as nossas verdades se aproveitam para serem ouvidas, e gritam dentro de nós todos os seus apelos.
E dessas coisas que ouço, umas ferem, outras alegram, umas incomodam, outras acalentam...sempre assim, causando sensações opostas, mas que no fundo, se complementam. Porque não existe amor sem dor, experiência sem displicência, saudade sem ausência.
Parar para se ouvir é, dentre outras coisas, um enorme desafio, pois é bem fácil confundir nossos murmúrios com a voz dos outros. Outros: estes e aqueles que acham que sabem o que se passa com a gente, que acham que nos conhecem e nos entendem. Ruídos, não passam de ruídos nessa busca pelo nosso som interior.
Para saber (e compreender) o que nossa alma tem a dizer é também preciso coragem.
Então, destemida escuto minhas vozes, às vezes confusas, mas quase sempre audíveis e muito claras.
O problema é que eu as ignoro...e sigo, silenciando o que um dia espero não mais calar.
Esse silencio gritante nao passa pela logica do ouvido. Ele nao nos grita no ouvido, mas grita na alma, ecooa no coração e transborda na lagrima....
ResponderExcluirAmor que nao provou os desabores da dor, nao é amor....
Esse dilencio gritante, apenas é tao forte, por que de fato precisamos ouvir...
Lindo texto
Que lindo texto! Ouvir nossa voz interior é sempre tão difícil. É preciso sabedoria e muita compreensão para não interpretar errado. Às vezes, fingimos não ouvir.
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