A mesma ousadia que me leva a caminhos desconhecidos, me permite refazer outros que por um tempo pareciam enfadonhos ou até considerados descartados. Esta capacidade de reestabelecer emoções perdidas e perder as que julguei permanentes deveria me soar corriqueiro, mas ainda me assusta.
Divagar sobre estes caminhos é voltar a falar de fases, todas sempre permeadas pela minha impulsividade. Ser impulsiva requer audácia, saber lidar com uma certa inconsciência e acostumar-se com o gosto da inconsequência. E embora eu seja convicta que seguir impulsos não faça de mim uma pessoa irresponsável, admito que tenho pago altos preços...
Entre erros e acertos, contemplo a intensidade dos meus atos, a perplexidade dos sentidos e a incrível habilidade de (re)sentir o entusiasmo ao percorrer caminhos tantas vezes habitados.
Adoro a emoção do novo, mas o mesmo conhecido que me cansa, consegue me fazer ver o brilho que outrora apagou.
É constância na efemeridade, é permanência no que se faz fugaz.
Tento alcançar minha imensidão interior com as palavras que me são tão fáceis e honestas, mas estou longe disso, nesse texto ou em qualquer outro...e nesta tentativa de entender minha incoerência, revelo-me em escritos e promessas verbais que podem estar sendo lançadas ao vento...ou podem ser uma ventania de constatações que fazem de mim o que sou.
E hoje já sei que para meus pés não existem caminhos que não possam ser refeitos...
Durante um momento de muita reflexao, li um rascunho em um lvro que havia emprestado a um amigo. O rascunho dissia assim:
ResponderExcluir" Se por acaso esta perdido em seu caminho, volte ao inicio e começe novamente"
Fiquei pensando nisso, voltar ao inicio. O ato de voltar nao só nos permite refazer o caminho, trocar as alternativas, mas principalmente percorrermos todos os passos antes já dados, porem na otica inversa.....
Me permite ver de um outro angulo aqueles passos que antes eu somente poderia ve-los naquela posição.....
Que seus pés sejam fortes para caminhar, porem que sejam mais firmes ainda para ti levar a percorrer os mesmos passo,s porem na otica inversa.
Os caminhos errados ou mal caminhos só existem de forma antecipada, ou seja, antes de entrarmos por eles, porque depois que decidimos por eles e estamos trilhando-os ou já os trilhamos então não devem mais ser considerados como equívoco, pois, não há um caminho tão ruim a ponto de que venhamos a trilhá-lo sem aprender nada em meio as suas curvas! Bons caminhos, tu é tri!
ResponderExcluirUm abraço pra ti!
ola amiga
ResponderExcluircaminando se hace el camino... (Antonio Machado)
FELIZ FIM DE SEMANA
BEIJOS
Bela maneira de ver a impulsividade. A minha, me defende, me engrandece e também me faz pagar um preço alto, como a tua.
ResponderExcluirbeijo. Adorei esse texto, com mais calma quero ler outros.