Era ela e o papel. Entre eles um espaço infinito onde flutuavam sonhos, medos, expectativas, amores, dores, esperança... e uma saudade violenta de tantas coisas, tanta gente...
Por onde começar a grafar aquela brancura de ilimitadas possibilidades? Uma vez postas ali, as palavras se tornarão eternas, marcas de uma vida que não acabará quando o fôlego cessar.
Em suas mãos o desejo gigantesco de deixar que transbordasse tudo aquilo que lhe era mais latente, não somente o que todos podiam ver, mas sobretudo as intenções que ninguém jamais ousou perceber.
Ela não temia as palavras escritas, que por todos podiam ser lidas, a qualquer tempo e a qualquer hora. Ela temia mesmo era o seu coração valente, seu destempero, seu desassossego em falar do que sentia, do que pensava...a sua maneira de se expressar.
E aos poucos, entre articulações da consciência e do coração, idéias que corriam ao vento e lhe embaralhavam a cabeça foram sendo captadas e compulsivamente postas na limpa folha, que, agora, já era mais um pedaço da sua história. Era como se ali ela pudesse tocar seus anseios, planos, seu passado e seu futuro... estava tudo à sua frente. E pôde, mais uma vez, apalpar tudo que dentro de si parecia extremamente desmedido... e essa sensação organizava-lhe, por hora, a bagunça que sempre havia em sua mente inquieta, porque escrever é assim, é regurgitar os excedentes, é esvaziar-se para poder encher-se outra vez...
Que disfrutes del fin de semana .. siempre es un honor pasar por tu espacio..
ResponderExcluirUn abrazo
Saludos fraternos.
Que haja mais e mais palavras vindas de você!
ResponderExcluirBeijo!
Escrever é deixar a alma em descoberto, e transparecer para os outros.
ResponderExcluirBjux
Porque ás vezes palavras são tudo que precisamos.
ResponderExcluirBeijo linda.
“Uso as palavras para entender meus silêncios”
ResponderExcluir(Manoel de Barros)
Escreva sempre.
Beijos no ♥