Nas estradas que tenho andado, pouco vejo à minha frente, mas muito tenho observado os arredores, e é isso que tem me empurrado pra além do horizonte, apenas isso. É bem provável que esta não seja a melhor forma de percorrer caminhos, mas o que faço agora é caminhar sem enxergar muito além, talvez porque não queira ver ou talvez porque não consiga...as lições dos flancos tem me bastado.
O certo é que ando sedenta, do que possuo e do que não tenho ainda, do que posso e do que não posso viver, do que conheço e do que desconheço, de sonhos, objetivos e de mim, ando com muita sede de mim! Não me reconheço vez ou outra e quase não encontro mais comigo, pois estou sempre a espera de algo, numa expectativa sem fim...
Não sou pequena como o ato de andar sem direção, mas grandiosas tem sido as aprendizagens de viver como alguém que reconhece que não tem todas as respostas, que se perde no meio da estrada, que se angustia em caminhar sozinha e que faz do presente seu único tesouro. Para além de mim é o percurso, o ponto de chegada não sei se quero descobrir, o que quero é chegar, ou pelo menos partir...preciso partir!
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