Chegando ao fim daquela jornada deparei-me com a sempre hesitante bifurcação e tamanho foi o meu desencanto ao saber que a estrada já não era mais reta, de mão única, eu tinha mesmo que escolher por onde ir...sentei, pensei, deixei de pensar, fingi que não era comigo, me rebelei, mas daquilo não podia escapar. Estava à minha frente!
E até ali havia sido uma caminhada tranquila, exceto pelas últimas passadas, mas na maior parte do percurso foi sim, prazerosa, instigante, enriquecedora, de calmaria e tensão, e havia o que é mais essencial, a convicção de onde se quer chegar. Então por quê havia chegado àquele ponto? Era mesmo necessário descobrir? Ou bastava saber que o caminho havia findado e eu deveria prosseguir em outra direção? A única certeza em tudo isso é que a coisa mais difícil de dissolver na mente e no coração é a admissão de erros cometidos, sejam que erros forem, os sutis, os conscientes, os omissos, os abnegados, os estúpidos, os imperdoáveis (por si mesmo), os planejados, os inconscientes.
Ao tentar percorrer cada um destes caminhos, senti que a saciedade por horas ou dias emana deleite, mas acalenta dúvidas e bloqueios, vazios e frustrações, e, mesmo assim, me permiti ser itinerante dentro de mim mesma e das minhas possibilidades. Bem, permito-me. E tinha que ser assim, a estrada segura havia acabado.
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