Eu não quero ficar aqui dentro, também não me interesso pelo que tem lá fora.
Tenho tudo e nada tenho.
Já fiz várias coisas que sempre gostei de fazer, mas nada muda o que está aqui dentro.
Que droga! Até quando ficarei assim? Eu não era assim...(ou eu era?)
Arrancar isso de mim talvez seja destruir o que realmente sou. Não importa, não sei se ainda aguento a minha própria intensidade.
Faz tempo que sinto desalinharem-se os pensamentos, as emoções. Olho para os lados e quase sempre não enxergo sentido, nem de dentro pra fora e nem de fora pra dentro.
Constância não é marasmo, agora acho que acredito, prometo não reclamar mais da rotina! Hoje estou dispensando toda a minha soberba em ser tudo que sempre soube que sou. Certo, aprendi. Chega, isso dói!
Não vou mais caminhar no vazio. Estou sempre cheia, mas apalpando-me percebo o ambiente ermo que construí, dia após dia, consciente ou não.
E mesmo sentindo sempre a falta de alguma coisa ou de alguém, ainda consigo ser serena, amável e consciente diante desta pessoa que agora insiste em ser eu. Sim, sou forte, mas nem sei se ainda quero ser. Onde estou agora? Onde foi que me perdi?
O amor, que ainda me fazia sentir um gosto de ternura e ajudava suportar a consciência do abismo, foi embora...não, não, ele está aqui. Ele apenas teve que desabitar meus sonhos, tão regados de planos. Porque cansa sonhar quando a realidade te prova todos os dias que estes sonhos são mais que improváveis. Cansa sofrer repetidamente pelo que se sabe, mas não se quer saber. Também este amor nunca foi meu...veio apenas me ensinar que abrir o coração pode ter o mais doce sabor e ser a mais lancinante dor...e ensinar mais algumas coisas que eu ainda não descobri, ou...não quero admitir que sei!
Tudo isso já nem é confusão, talvez hoje sejam esboços de algumas certezas, mas elas me dão medo...não posso manter-me sã se tudo isso perdurar.
Não quero mais a rebeldia que lateja em minhas veias, não careço ser um poço tão fundo...e não é possível que eu não consiga ser rio de águas calmas. Preciso experimentar de novo a paz das coisas que um dia eu achei previsíveis e ordeiras demais! Que um dia achei tão diferentes do que minha alma voadora realmente queria...
Sabe, mesmo que o mundo exterior não nos interesse, temos de tentar habitar nele, pelo menos para no provar que somos o que somos e não por ser pequenos demais (desculpa se parecer algo meio sem noção para se falar).
ResponderExcluirMas se o amor acabou é porque era apenas um teste para algo melhor, entendeu menina?
Hah, feliz páscoa menina, mesmo de um sumido como eu.
Fique com Deus, menina Kênia Araújo.
Um abraço.
Então, a paz já esta perto de você.
ResponderExcluirBoa Páscoa.
Bjs.
Boa noite querida,
ResponderExcluirA nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram…
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão boa, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos porquê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projecções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Obrigada pela tua visita e boa Páscoa pra ti.
Feliz páscoa e paz no seu coração!!
ResponderExcluirTu tá bem mais evolída que eu... Pois, ainda tenho estou vevendo no fundo de um poço de rebeldia, e não vejo luz no fim do tunel! Tu já evoluiu, encontrou a paz!
ResponderExcluirUm abraço!
Vamos combinar, também me sinto assim.
ResponderExcluirHoje...
Preciso experimentar de novo a paz das coisas que um dia eu achei previsíveis e ordeiras demais!
Beijos
Acho que quase todas as pessoas em algum momento se faz essa pergunta, - Onde me perdi?
ResponderExcluirMe faço essa pergunta sempre, reclamo de tudo, nada esta bom, a rotina me consome, preciso de algo o sempre, uma busca por sei lá o que.
Bjos