Minhas porções hoje se misturam e se equilibram, uma tenta compensar a outra quando a maré baixa da incerteza se deixa levar pelas ondas agitadas da vaidade, do desejo e do crescimento em todos os sentidos. E mesmo tendo caminhos muitos e possibilidades mil, o vazio me visita, tenta me consumir, me desorientar, me fazer crer que o que sinto e vivo pode ser excesso e que querer menos da vida pode ser mais tranquilo. Mas não consigo me afeiçoar a mediocridade que a vida vez ou outra nos impõe, ainda prefiro a turbulência emocional de uma vida vista com olhos desnudos a uma morna convivência com a sensatez desmedida.
Porém, não raras vezes, o caminho mais fácil nos seduz. É bem mais fácil se acomodar numa situação definida, é bem mais fácil saber o que se vai fazer todos os dias rotineiramente, é muito mais fácil fazer o que todos concordam, é muito mais fácil viver com a segurança do território demarcado, é bem mais simples não correr quando se pode andar, é tão mais simples acreditar que certas coisas são como são e não se pode mudar e é infinitamente muito mais fácil quando os sentimentos são coerentes e aceitáveis.
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